quinta-feira, 30 de junho de 2011

Para enxergar as cores



Sou louca por cores.

Acredito que elas foram as grandes responsáveis pela minha paixão por imagem. As formas me encantam e as cores me fascinam. Mas nem sempre foi assim…

Essa história começou quando criança em um acidente doméstico. Existiam umas bolinhas de sabão que colocávamos na banheira e estourávamos na hora de usar. Na quarta série, no dia das crianças, fui estourar uma dessas na hora de lavar as mãos. Resultado: todo o sabonete líquido que as recheavam vieram parar nos meus dois olhos - queimadura de 90% da córnea. O tratamento consistia em meses de tampões nos dois olhos, escuridão total e injeções diárias.

Minha mãe (a Santa da minha vida!) me levava todos os dias para tomar as ditas injeções. No caminho até a farmácia, conversávamos sobre roupas - mais precisamente sobre as cores das roupas que usávamos. Lembro particularmente de uma saia verde esmeralda que ela colocava. Dizia: “Coloquei sua saia verde. Verde esmeralda. Sabia que verde era a cor favorita da mamãe quando mais jovem?”. 

Ouvi essa frase diversas vezes. Hoje, como mãe, imagino seu sofrimento me levando a essas sessões diárias de tortura. Mas, ainda assim, ela me distraía, preenchia minha mente e me fazia esquecer da dor que se aproximava. Verde esmeralda, azul cor do céu, rosa chiclete, amarelo ouro, marrom café… Cores felizes. Ela falava, eu imaginava… Na época diziam que eu ficaria cega, já que só me restavam 10% de córnea. Mas ela me curou com muita oração e cromoterapia. Sim, porque toda aquela explosão de cores em minha mente era pura cromoterapia! Espertíssima essa minha mãe!

Nunca vou me esquecer da sensação quando retiraram os tampões. Estava no consultório do oftalmologista. Quando abri os olhos, me deparei com todo aquele branco. Um branco claro, limpo, intacto. Vi minha mãe, mas só enxerguei sua pele linda, dourada. Meu pai com suas bochechas rosadas e camisa azul – o azul mais seguro do mundo! 

Fiquei meses andando de óculos escuros. As cores e a claridade eram fortes demais para uma menina que havia ficado tanto tempo na escuridão. Mas a verdade é que esta escuridão nunca me acompanhou.

Havia muitas cores em minha mente, as “cantadas” pela minha mãe, cores alegres, com personalidade, carregadas de sensações e mensagens.

Depois desse episódio tudo mudou. Passei a enxergar o que antes só via. As cores nas pessoas, nas artes, nas feiras, cores cotidianas que antes passavam despercebidas. 

Quando estou na “Natureza Selvagem” (plagiando o filme), me perco... Posso ficar horas observando as variações, a profundidade, as tonalidades, a transição entre os tons. 

As combinações dentro da natureza, preferencialmente aquelas sem a interferência do homem, são absolutamente perfeitas. A harmonia é absurda! Mesmo em tons contrastantes, nada dói nos olhos, nada se sobrepõe, nada grita, nada compete. Cada cor tem seu espaço e seu domínio. Naturalmente…

Se quisermos aprender sobre cores, a melhor lição é estudar a natureza. Lá encontramos as melhores combinações monocromáticas (degradê de um pôr do sol, a noite “caindo), análogas (verde das árvores + azul do céu), complementares (flores vermelhas + caules verdes). Basta retirarmos os tampões…

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sou uma mulher de jóias



Dito dessa maneira pode soar meio arrogante. Mas eu explico. 

Os objetos só para serem vistos, para serem mostrados ou exibidos não passam de objetos. Não têm significado para mim. 

Gosto de coisas que carregam história. E as jóias são assim. Marcam aniversários, nascimentos, casamentos, separações… Sim! Um novo anel para substituir a aliança que infelizmente terá que sair pode preencher – nem que seja só fisicamente – o vazio que fica em nossas vidas. Quando casamos firmamos um pacto simbolizado pela aliança. Por que não, ao nos separarmos, simbolizarmos essa transição com um novo marco? 

As jóias têm significado. Devem ter. Se não forem compradas com essa intenção, perdem absolutamente o sentido. Ainda que fosse uma endinheirada, não entraria em uma joalheria e compraria por comprar. Não é assim que funciona. A compra de uma jóia é uma experiência, deve ter um porquê. Aquela peça guardará uma história, talvez um segredo, que sempre que olhada a remeterá aquele momento. 

Claro que podemos fazer isso com qualquer objeto. Mas, ocasionalmente, a eficácia não é a mesma. Guardava há anos uma conchinha (do mar) que tinha verdadeira loucura! Minha irmã pegou em uma de nossas viagens em família, quando ainda éramos adolescentes e me deu. De forma inesperada. Na hora já achei o gesto mais fofo do mundo! Quando olhei por dentro estava escrito: eu, um desenho de coração, você. Minha irmã provavelmente nem se lembra mais disso, mas a conchinha morava na caixinha de jóias que era da minha avó, em cima da minha centenária penteadeira. Um dos locais mais nobres de minha casa! Um dia minha assistente disse que as conchas (guardo também umas que meu filho trouxe da sua primeira viagem sozinho com seu pai) haviam caído no chão. Gelei. Perguntei: “Alguma quebrou?” Ela respondeu com uma afirmação que sim. “Sim?!” A vítima havia sido a que fora presente de minha irmã. Respondi que tudo bem – afinal não queria que ela me achasse uma louca que fica chorando por conchas. E, até eu explicar que aquelas conchas não eram só conchas, mas jóias, seria um longo caminho… Assim que saí de casa, chorei. Um choro sentido. No elevador mesmo. Sei que era apenas uma concha, que minha irmã está lá em SP “vivinha da silva”, mas sempre que via a minha conchinha me lembrava daquele nosso dia e ele repentinamente voltava a existir. 

Depois da tristeza dessa perda, me tornei mais fã das jóias. Já que estas são feitas de ouro – uma liga forte que não se quebra ao cair no chão! Eficácia garantida. 

Objetos, perfumes, o que vestimos, o meio que escolhemos para nos mostrar têm que ser mais, MUITO MAIS, do que apenas “coisas”. Eles têm que contar a nossa história, passar de gerações, mostrar quem somos e o porquê de terem entrado em nossas vidas. 

Sou uma mulher de jóias. No sentido mais amplo da palavra. Não sou uma mulher de coisas caras, mas que ama as coisas que me são caras. 

Acabaram com a Feira Hippie - Post para os brasilienses…



Sabia que isso estava para acontecer. 

Em minhas andanças dominicais ouvi os rumores. Mas duvidava. 

Duvidava porque imaginava que os feirantes e a população se rebelariam, que haveria manifestos, que a imprensa entraria em defesa deste - que é um dos únicos programas tradicionais que temos em nossa cidade. 

Não aconteceu. O silêncio foi absoluto. 

Como estava viajando, fiquei um pouco sumida. Mas, neste final de semana, quando fui comer a minha amada tapioca com meu filhote, o que encontro? Um vazio embaixo da Torre de TV e toda nossa feirinha transferida para um espaço de concreto com lojinhas, ou melhor, prêmio de consolação de lojinhas. Um horror! 

Não afirmo que esteticamente esteja um horror, apesar de achar que está, mas posso afirmar que aquilo lá não é, nem de longe, uma feira hippie. 

Não entendo como isso foi permitido! Onde iremos empinar pipa com nossos filhos? Onde iremos sentar no gramado para comer nossa tapioca, cocada, pipoca, acarajé? Onde vamos ficar apreciando a vista da cidade com o som da bandinha peruana ou o som do berimbau ao fundo? Como ficaremos sem aquele ventinho que nos acompanhava enquanto passeávamos? Onde estão as barraquinhas? Sim, porque feira tem que ter barraquinhas, senão deixa de ser feira e vira comércio popular! E foi exatamente isso que fizeram! Transformaram a nossa charmosa, espirituosa, artesanal Feira Hippie em uma Feira do Paraguai mais moderninha. 

Jurando que esta não era uma indignação só minha, mas de todos, perguntei à moça que me fez a tapioca: “E aí? Muitas reclamações com o novo local?”. Ela respondeu: “Não. O pessoal até que tem gostado porque assim fica com mais cara de shopping!”. Engoli minha tapioca com lágrimas nos olhos e pensei: Ôoooo povo sem tradição! Ôoooo povo sem memória! Por isso que Europa é Europa e Brasil é Brasil. Pronto. Falei. 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sobre a futura princesa...

É difícil fazer essa confissão a respeito de um assunto que tem ocupado tanto nossas vidas nos últimos dias. Não quero parecer mal humorada ou algo do gênero, mas me causa uma certa irritação constatar que o interesse das pessoas possa ser tão superficial.

Poderíamos explorar e estudar mais a fundo a personalidade, a história e as origens dessa plebeia que alcançou a nobreza. Mas não. Todos querem saber qual será a estilista do vestido. Poderíamos estudar sobre como hoje o mundo amplia as possibilidades, como, mesmo na Inglaterra, um príncipe estudou com uma plebeia de origem familiar simples. Mas não. O que querem saber é o que será servido na festa. Há tanto a ser dito, tanto a ser estudado, tanto a ser, porque não, aprendido com essa história, mas o foco é de superficialidade.

Mais do que vestir roupas bonitas e estar “antenada” com a moda atual, considero Kate Middleton uma mulher de atitude. Sua postura é real, como se tivesse nascido para este posto. Como ela chegou ali? Essa confiança, essa personalidade, essa MENSAGEM que ela transmite com seu ESTILO foram moldados, estudados e aprendidos ou são características natas? Este é o ponto que me interessa! 

Tudo que ela veste, evapora das lojas. Mas por que vira moda? Por que o que ela veste é muito diferente do que milhares de outras mulheres vestem ou por que A MANEIRA que ela veste e carrega essas roupas a torna especial?

Dizem que ela e o príncipe já eram amigos de faculdade. Um belo dia, em um desfile, ele a viu na passarela com um modelo transparente e, neste momento, passou a enxergá-la de uma outra forma. Tenho certeza que o vestido deu uma grande contribuição, mas a maneira que ela levou este vestido, o olhar, a confiança, a personalidade destacada naquele momento foram fundamentais.

Todo grande estilista sabe que a modelo exerce um papel primordial na apresentação de suas criações. Aquele vestido, sem a Kate, seria um vestido qualquer, talvez até um pouco vulgar, dependendo de quem estivesse dentro. Mas com ela, brilhou.

Não me interessa um vestido. O que me interessa é o que este vestido somado à personalidade de quem o veste transmitirão. Este é o trabalho da Consultoria. A nossa roupa tem que ser um reflexo de quem somos - só assim brilhará.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Maximize



A organização de nosso guarda roupa é a providência número um para otimizarmos a utilização do que temos.
  • Quantas vezes descobriu uma peça de roupa ou um acessório que nem lembrava mais que existia? 
  • Quantas vezes procurou por um sapato, e, depois de exausta, resolveu ir com qualquer um porque estava atrasada?
  • Quantas vezes pensou em uma camisa social para sair, mas, ao descobri-la completamente amassada, optou pela primeira de malha pelo caminho?
Tenho certeza que para grande maioria das pessoas essas são ocorrências quase diárias.
Nada adianta gastarmos fortunas em roupas e não encontrá-las quando precisamos. 
Em posts anteriores falamos sobre como abrir espaço ao que realmente importa.
Neste vamos nos concentrar na organização das peças.
  1. Divida seu guarda roupas por número de peças, cores, atividade ou estilo. Escolha um padrão, desta forma saberá onde aquela peça foi armazenada. Organizo meu guarda roupa por cores. Para mim esta é a maneira mais simples de encontrar um ítem e, visualmente, o efeito fica mais harmônico. Mas, assim como nosso estilo, esta é uma escolha pessoal.
  2. Blazers, casacos, calças, saias, vestidos e camisas DEVEM ser pendurados em cabides apropriados para cada ítem. Esqueça os de lavanderia. Apesar de serem “de graça”, foram feitos para uso temporário. Ou seja, se utilizados permanentemente, deformarão a peça
  3. Se não dispõe de espaço suficiente para pendurar as camisetas, enrole-as como rolinhos que além de amassarem menos, ocuparão uma área menor. Essa também é uma boa opção para vestidos de malha que não devem ser pendurados. 
  4. Peças e malhas de tricô devem ser dobradas, ou enroladas, e colocadas em prateleiras.
  5. Não deixe os sapatos empilhados ou jogados. Guarde-os em caixas identificadas ou em prateleiras específicas para este fim. Caso o espaço seja novamente um problema, compre sapateiras que podem ser penduradas atrás da porta. Também já vi pessoas que optaram por camas antigas e utilizaram o espaço debaixo delas de uma maneira bem esperta para guardar seus sapatos.
  6. Lingerie e underwear devem ser separados de forma visível. Para as mulheres: cuidado na hora de guardar os sutiãs com bojo. 
  7. Biquínis e sungas não devem ser guardados em sacos  plásticos. Isso acaba com a elasticidade diminuindo a vida útil. Guarde-os enrolados juntos em caixas, gavetas com divisórias ou sacos de TNT.
  8. Separe as meias em pares e alinhe-as – em caixas, por exemplo. Meias finas femininas devem ser dobradas e guardadas em sacos separados por estilo e cor (inverno, trabalho etc).
  9. Acessórios, lenços e cintos devem ser guardados em caixas com divisórias (ou em gavetas específicas) para facilitar a visualização. Não misture jóias com bijous.
  10. Caso seu espaço seja muito apertado – fato bem comum – separe as roupas por estação e guarde as que não estiver utilizando em caixas. Quando a nova estação chegar, faça a troca. Para o Brasil podemos considerar só verão e inverno.
Essas são soluções simples, de fácil execução. 
Só quando visualizar o que tem poderá maximizar o uso de seu guarda-roupa.
Esta não é uma questão de capricho, mas de inteligência financeira. 
Pense nisso.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O que sua roupa pede a você?


Não importa se seu guarda-roupa é formado por peças de lojas populares, os fast fashion ou itens caríssimos. 


O que importa é que estamos em uma era de otimização de recursos e mão de obra domiciliar escassa. 

Em outras palavras, o que quero dizer é que não podemos nos dar o luxo de jogar dinheiro fora e nem contarmos mais com nossas “secretárias do lar” como tempos atrás. 

Em uma compra dois pontos devem ser contabilizados no valor da etiqueta: 
  1. O cuidado que a peça exigirá com lavagem e manutenção.
  2. Seu estilo de vida: se sua secretária não entende de lavagem, se você mesmo as lava na máquina, se a secadora funciona a pleno vapor (caso o retorno daquele item tenha que ser rápido, se o espaço que tem para secá-lo é pequeno). 
Dependendo do cuidado exigido ou do seu estilo de vida o investimento pode sair muito mais alto que o preço marcado na etiqueta. 

Levar um vestido à lavanderia, por exemplo, torna-se quase um “aluguel”: cada vez usado, menos R$ 35,00 no bolso... 

Se existe o risco de sua secretária manchá-lo em cada lavagem, investir em grifes ou designers renomados pode não ser financeiramente inteligente - a menos que se troque a secretária ou vire sócio da lavanderia. 

O cuidado que temos com a manutenção de nossas peças ou o cuidado exigido por estas são os fatores que garantirão a longevidade das mesmas. Portanto, ainda que não precise colocar a mão na massa, pois conta com mão de obra garantida, é imprescindível que entenda o que aquela roupa “pede” a você.


Símbolos Internacionais de Lavagem de Roupas

 

Perfume

Acredito que a maneira que se usa o perfume pode revelar muito sobre a personalidade de quem o carrega. 

Evito fazer aquela leitura óbvia:
  • Fragrância floral = personalidade doce
  • Fragrância cítrica = personalidade “amarga”.

Admito que pode haver uma relação, mas o que proponho é uma análise muito mais abrangente.

Comecemos nossos estudos pela História – o passado sempre nos traz as respostas que precisamos para o presente. 

Cleópatra

Cleópatra, aquela que foi a última rainha do Egito, representa o símbolo da sedução e força feminina com seus rituais perfumados. Ao que parece, ela era muito mais atraente do que propriamente bonita, e sabia, acima de tudo, como perfumar-se. Untava-se com essências aromáticas dos pés à cabeça, criava em torno de si uma aura perfumada e recebia seus amantes em uma cama repleta de pétalas de rosas. Ela impregnava de odor de rosas as velas de seu barco, e viajou ao encontro do amante (Marco Antônio) inteiramente untada de óleos perfumados. Em sua visita a Roma, a rainha do Egito deixou um rastro de rosas por onde passou. E, em sua última noite, antes de envenenar-se, banhou-se e perfumou-se da cabeça aos pés com as mais finas fragrâncias. Quando os soldados romanos a encontraram morta, ainda puderam sentir seu perfume inebriante, feito sob encomenda para seu status real.

Cleópatra usava o perfume como uma arma de sedução. O importante não era a fragrância escolhida, mas como a utilizava para marcar sua presença.

Assim funciona minha análise. Vejo mulheres que querem marcar seu espaço, “chegar chegando”. Outras, se mantêm mais discretas, guardando “seu aroma” quase como uma exclusividade àqueles que têm liberdade para se aproximar.

Qual o certo ou o errado? Não há. Claro que perfume em excesso, como qualquer outra coisa, é extremamente deselegante – assim como tudo que invade o espaço de uma outra pessoa (podemos tratar mais sobre invasão em um outro post).

Quando atendo um cliente, minha primeira pergunta é: qual mensagem deseja passar? Apesar do perfume estar no plano dos sentidos, ele é item essencial na formação de sua imagem. Sendo assim, força, presença, discrição, doçura, requinte, simplicidade são alguns adjetivos que devemos considerar no momento de nossas escolhas aromáticas. O que essa frangrância, e, principalmente, a maneira que a utilizarei, falarão sobre mim?

Conheço pessoas que gostam de variar. Compram loucamente, enchem seus armários e têm satisfação em exalar algo novo a cada dia. Inconstância. Esta é a mensagem que transmitem. Se é a que deseja, siga em frente. Mas, se quer se  fazer presente de maneira confiável, melhor evitar. 

O perfume deve ser como uma marca registrada. Aquele “cheirinho” que nos fará lembrados. Pode ser uma lavanda mais leve para praticarmos esportes ou pós banho, um para o dia e um para noite. E só. Uma outra sugestão, minha preferida, é a mesma fragrância em concentrações diferentes. Muitas marcas já possuem o mesmo perfume em versões mais leves (dia) e mais concentradas (noite):
  • Parfum (extrato de perfume): a forma mais concentrada.
  • Eau de parfum : alta concentração
  • Eau de toilette: concentracão média
  • Eau de cologne (deo colônia): baixa concentração de essências.
Escolher só pelo aroma, pelo “gosto ou não gosto”, “porque esse é o que minha amiga ou aquela celebridade usa”, pode ser uma decisão simplista demais para nossos tempos – onde quase tudo é decidido pela primeira impressão.

Estarmos certos de que expressamos o que desejamos é quesito número um para nossa autoconfiança. E, consequentemente, estarmos confiantes, é pré-requisito para as coisas caminharem como devem. Guarde este ensinamento não só para escolha de seu perfume, mas para tudo que diz respeito à sua imagem.


E quem não usa perfume de forma alguma?
Esta resposta deixo à Coco Chanel:
“A mulher que não usa perfume não tem futuro˜.

Dica de leitura: O Perfume – História de um Assassino

O romance narra a vida de um homem que nasceu com um olfato apuradíssimo, mas não tinha um cheiro próprio. Uma história sobre a importância do sentido (olfato) e do cheiro em nossa existência. Fascinante.

quarta-feira, 9 de março de 2011

“Amo assistir ao desfile das escolas de samba!”



Não sei se é pura coincidência, mas todas as vezes que faço essa confissão escuto um “sério???!!!”. Sério.

Fico perplexa como algumas pessoas não gostam. Como podem não gostar? Para mim é mais que um espetáculo maravilhoso, mas uma grande fonte de inspiração e ensinamentos.

Me encanta a maneira que o tema de cada escola é tratado. A abordagem, a história contada na avenida, com sua música, suas alas, seus carros, com suas cores e fantasias. 

Tudo é fascinante! Em pensar que pessoas trabalharam, ensaiaram quase um ano inteiro, algumas vezes de graça, só pela alegria de estar presente, de fazer parte daquela história. 

Praticamente tudo, se não tudo, é feito de forma artesanal. Cada fantasia uma obra, uma peça única, com vida breve, a duração de uma passagem - talvez duas se a escola for campeã. Mas para os que vivem o desfile, a graça não está só em desfilar, mas em se preparar para aquele momento, em transmitir o recado. 

Aqui já aprendemos uma grande lição: retomar o hábito de curtir também a preparação. O ritual de nos embelezarmos, nos cuidarmos, de escolher a nossa fantasia, aquela que conta nossa história. Afinal, muitas vezes a preparação tem mais graça que o desfile em si. Já sentiu isso em sua vida?

Na confecção das fantasias a criatividade é prerrogativa básica: a matéria prima não pode ser muito cara, mas tem que ter presença. Tem que “fazer bonito”, a duração daquele desfile, sem muito custo já que muitas peças iguais (com exceção dos destaques) serão produzidas. E não é que os carnavalescos já entendem de “fast fashion” há muito tempo?

E as cores? Quer lugar melhor para aprender sobre coordenação de cores que nos desfiles? Os contrastes, as combinações, como manter uma cor dominante (a da escola) misturando com outras, como manter uma cor presente em todas as alas e não ficar monótono, os efeitos dessas cores – de longe e de perto. Dá para aprender tudo isso e se inspirar para vida real assistindo um desfile. Você pode escolher uma cor que adore, o vermelho, por exemplo, acompanhar o desfile do Salgueiro e descobrir mil novas combinações para seu dia a dia.

Nossa... Poderia gastar vários posts só tratando deste tema e de suas lições. Agradeço essa paixão a minha mãe, a mulher mais linda e elegante que conheço, que também ama assistir ao desfile das escolas de samba.





segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mãos a obra



No último post sugeri que aproveitássemos essa época de “pré-começo de ano para valer” e fizéssemos uma faxina geral em nosso guarda-roupa.

Imagino que muitas tenham comprado a idéia, mas ficaram confusas na hora de executar. É normal. Com meus clientes tenho toda uma técnica e faço uma análise mais criteriosa já que antes foram estudadas as cores, cortes e estilo mais adequados.

Para quem só está começando, ou quer fazer mais uma limpeza de “praxe”, seguem algumas dicas práticas para facilitar esse processo:

Vamos trabalhar com quatro categorias:
- Doar;
- Vender;
- Consertar;
- Conservar;


1) Doar: 
- peças que não usamos mais e que de “tão usadas” não conseguiremos vender;
- peças que estão manchadas, rasgadas, furadas. 

2) Vender: 
- peças que compramos, juramos que iríamos usar um dia e não usamos;
- peças antigas, que “herdamos”, mas que por não combinarem com nosso estilo, não usamos;
- peças que compramos e “perdemos” – porque engordamos, emagrecemos, mudamos de estilo, não gostamos mais, mas, ainda assim, estão em boas condições para venda;
- peças que estão sem uso em nosso guarda-roupa há mais de dois anos.

3) Consertar
- Peças que podemos e queremos usar, mas estão com o zíper quebrado, botões faltando, barra por fazer. Estas devem ser separadas e levadas à costureira. Nada de deixar para depois. Quando menos esperar pode precisar e lá vai você com a roupa estragada, presa por alfinetes, com durex na barra, jurando que ninguém está percebendo. Se não vale o investimento do conserto, não vale ocupar espaço em seu armário.

4)  Conservar
- Peças que estejam servindo;
- Peças que você use e não tenha comprado só por impulso;
- Peças que estejam de acordo com seu corpo, idade e estilo;
- Peças que possam ser coordenadas com as demais.

É importante ressaltar que escolhi o verbo conservar e não guardar como nomenclatura desta categoria. Entre os significados para o verbo conservar estão: manter em bom estado, manter presente. Ou seja, não guardaremos as peças “por guardar”. Guardaremos as que formos manter presente, as que usaremos, as que manteremos em bom estado. Se for para voltar para o armário para esperar, para entulhar, para não ser útil, não está na categoria correta. Volte às três primeiras.

Lendo assim, parece fácil e prático, não?! Acredite: é mesmo. É preciso tempo, desapego, força de vontade, mas a regra é simples: se não está sendo usado, se não te favorece – fora!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Faxina Geral





É bem verdade que o ano dos brasileiros começa mesmo pós-carnaval. Como nosso carnaval só será em março, conseguiremos um hiato entre férias e o começo de ano para valer. Que tal aproveitar este tempo para uma boa limpeza em seu guarda-roupa? 

Sei que despedidas causam dor. Na vida é assim... Com nosso armário não seria diferente. Mas, por mais que nos machuque, fazer uma reflexão e limpeza é mais que importante: é fundamental! 
  1. Existem peças em nosso guarda-roupa que, apesar da história, do amor ou do valor não nos fazem mais bem. Fizeram em algum momento de nossas vidas, mas não mais neste. Rua! Não nos apeguemos... Ensinamento válido para a vida! 
  2. Precisamos abrir espaço para o novo. E só se abre espaço para o novo, nos livrando do que não é usado. Vamos nos libertar do que só enche espaço, ocupa e faz volume. 
  3. Podemos ganhar um bom dinheiro! Estamos na era dos brechós, bazares, garage sale. Sem preconceitos - tanto para vender, como para comprar! Aquela calça que há anos está pendurada, pode significar R$ 50,00 guardados em nosso armário. Melhor R$ 50,00 pendurados ou R$ 50,00 no bolso para investir em uma peça que nos valorize? 
E esses são apenas três dos vários aspectos positivos deste exercício... Posso ainda citar: otimização de espaços, melhor visualização das peças, armazenamento correto dos itens. 

Dá trabalho, dói na alma, mas temos que ser fortes. 

Mudanças nos fazem crescer!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Notícia Época


“Uma pesquisa feita com 1200 britânicos afirma que as mulheres guardam o equivalente a R$ 4,2 bilhões em roupas que nunca saem do armário. Segundo o levantamento, feito por um canal de compras cada britânica possui, em média, 22 peças que nunca usaram (ou R$ 755 parados no guarda-roupa). No total, seriam 500 milhões de itens sem uso. Os homens não ficam muito atrás: acumulam, em média, 19 peças, o equivalente a R$ 657. A compulsão por comprar foi apontada como principal motivo para o acúmulo de itens.” 
Considero esta uma realidade mundial. 

Até hoje não tive uma única cliente, mesmo as mais econômicas, que não tivesse peças “empacadas”, não usadas, no guarda-roupa. 

O que gera essa compulsão? Podemos apontar o nosso estilo de vida, a correria, as exigências impostas, a comparação, a globalização, o mercado de moda como fatores importantes para explicação. Mas, no fundo, acredito que o que nos move a esse consumo desenfreado é a vontade de acertar, de pertencer. 

Mesmo vivendo um momento da moda onde o estilo, o “ser único” são pontos valorizados como nunca antes, as pessoas ainda teimam em buscar este “único” olhando para fora. Buscando o de fora. Se inspirando no de fora. Grande erro. O segredo é olhar para dentro. E, a partir daí, buscar o que a representará. Quando essa reflexão é feita, fica praticamente impossível comprar e depois não entender o que “aquilo” está fazendo no seu guarda-roupa ou na sua vida. 

O mais irônico é que esse é um ensinamento que vale para moda e para nossa vida. Podemos fazer um paralelo com nossos empregos, com nossas escolhas, com nossos relacionamentos. Será que a maioria de nossas opções foram feitas olhando para fora ou para dentro?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Garota carioca swing sangue bom



Na minha opinião essa frase resume bem o lifestyle carioca. 

A garota carioca gosta de mostrar que o compromisso com a vida é o prazer. É levar a vida da melhor maneira que ela pode ser levada. 

As roupas são descomprometidas, soltas, charmosas, coloridas. Os cabelos cuidadosamente despenteados. A maquiagem, limpa. Muita fibra natural nos tecidos, o amassado bem vindo. O importante não é aquela beleza certinha, clássica, mas uma beleza “cara lavada”, descolada, natural. 

Não nos enganemos: esse jeito descontraído nada tem a ver com desleixo. As cariocas são muito vaidosas. Minuciosamente bem cuidadas. A graça é parecer que acordou linda. Simples assim. Mas sabemos que por trás tem muita malhação, alimentação controlada, caminhadas, exercícios. Em qualquer direção que olharmos está lá uma se exercitando. 

Para elas o tempo parece não passar. O jeito moleque, de menina, vive presente da infância até a terceira idade. As senhoras cariocas são meu alvo preferido de observação. Elas são diferentes de todas as senhoras, de todas as partes do mundo. Têm vivacidade, têm swing. Isso mesmo, as senhoras cariocas têm muito swing. Conseguimos vê-las de biquínis, de maiôs, de vestido frente única, rasteirinha. Estão nas praias, nos bares, com as amigas no shopping, namorando. Sempre muito arrumadas, dinâmicas, vivendo, pois a vida ainda não acabou. 

Sou fã número um do Rio. Acho essa simplicidade bem cuidada uma inspiração de estilo. Muitas de minhas clientes tinham a falsa convicção que elegância era exclusividade de trajes mais invernosos. Caminhando pelo Rio temos a prova de que podemos sim ser muito estilosas - mesmo em pleno verão. 

Para quem que, assim como eu, se inspira no street style do Rio, mas vive em Brasília, o blog Rioetc nos deixa mais perto dessa realidade. Recentemente o livro Rio etc foi lançado com uma coletânea dos melhores looks nos três anos de vida do blog. Vale a pena conferir!

Aula prática de Consultoria no Poder


Tenho certeza que muitos acompanharam a cerimônia de posse de Dilma Rousseff no primeiro dia de 2011. 

Independentemente de nossas opiniões pessoais a respeito de nossa Presidente, o que podemos aprender com seu traje? 



Colar + tecido com textura + faixa presidencial 

Errado. Tudo misturado ao mesmo tempo agora! O ideal seria a escolha de um tecido plano, colo livre de colares, ou seja, tudo que desse destaque ao acessório principal desse dia – a faixa presidencial. Quando fazemos a escolha de nossa roupa temos que pensar no conjunto, no que colocaremos por cima e, principalmente, para qual parte de nosso look irá o destaque. 



Colar muito justo + delicado demais + conjuntinho 

Errado! Ao escolhermos um acessório devemos levar em consideração nossa escala. Ex: se somos to tipo mignon, com traços delicados e proporção física pequena = acessórios pequenos. Se nossos traços e nosso tipo físico têm uma proporção maior = acessórios maiores e menos delicados. Esse cuidado garante que os acessórios harmonizem com nossa escala. Assim não parecemos nem maiores, nem menores do que somos. 

O conjunto combinado não chega a ser um erro, mas muito fora de uso. Não transmite a mensagem de uma mulher moderna, ex-militante, Presidente de um País, mas de uma “senhorinha”. 



Textura no tronco + tecido plano e que amarrota na parte inferior 

Errado! Aqui podemos observar dois grandes erros:

  1. Textura no tronco + tecido plano na parte inferior: a textura nessa área aumenta e o tecido plano na parte inferior diminui. Ao que nos parece, não pude tirar eu mesma as medidas da nossa Presidente pois ainda não sou sua Consultora, ela já possui a região do tronco maior. Desta maneira deveria tomar cuidado com tecidos que aumentem a percepção visual desta área para não engordar. 
  2. Tecido que amarrota (principalmente na região inferior): ao escolhermos uma peça de roupa ou um tecido devemos considerar a duração do evento que participaremos. Em uma posse, sabemos que terá muito “senta”, “levanta”, muitas fotos serão tiradas, ficaremos um grande período sem poder nos trocarmos e, neste caso, como centro das atenções. Ou seja, tecidos que amarrotam facilmente devem ficar de fora. 



Blazer largo + corte reto 

Errado! O blazer com textura, largo, sem cintura levemente marcada, usado fechado sem contraste com a parte de baixo só aumenta a percepção visual dessa região. Conseguem reparar como nesta foto sua barriga foi aumentada? Se o blazer estivesse mais acinturado (da maneira correta) ficaria mais perto do corpo diminuindo esta impressão. 



O sapato! 

Não!!! Que sapato é esse? Melhor nem comentar! 

Estas são apenas algumas lições. Poderia falar muito mais! Sobre os looks de todos da foto acima, da tão falada Marcela Temer. Mas por hoje está bom. Afinal, ainda teremos muitos episódios com essa turma.