quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Por que usar branco no Reveillon?



Todo mundo já sabe que usar branco no Reveillon é uma tradição. 

O branco simboliza a pureza, a paz, boa energia, ou seja, muito do que desejamos para o ano que irá entrar. 

O que não nos perguntamos é o porquê. Por que afinal o branco carrega este significado? 

Como Consultora curiosa e estudiosa que sou, resolvi ir atrás desse “porquê”. Vejam o que encontrei: 

“No período clássico, o branco era a cor das nuvens em tempo bom e das montanhas nevadas só no cume, onde os deuses habitavam. Era sagrado para Zeus, o rei dos deuses: cavalos brancos conduziam sua biga, e animais brancos lhe eram oferecidos em sacrifício por sacerdotes vestidos de branco. Na religião cristã o branco é a cor do prazer e pureza celestial. E é associada à Páscoa e Ressurreição. Na arte cristã, Deus, assim como Zeus, geralmente usa uma veste branca comprida.” A linguagem das roupas, Alison Lurie. 

Essas antigas associações criaram ao longo dos séculos nosso entendimento a respeito das cores. Simbolismos a parte, o fato é que através de testes mais modernos, psicólogos constataram que as cores afetam e muito nosso estado de espírito, pressão sanguínea, pulsação e ritmo respiratório - na mesma proporção que um ruído estridente ou um acorde harmonioso. Quando uma pessoa vem em nossa direção e ocupa nosso campo visual com cores berrantes, discordantes, pode nos acelerar e até nos provocar dores de cabeça. Mas, se esta mesma pessoa estiver com cores suaves e harmoniosas, ficamos mais calmos. 

Se um único look branco pode nos afetar tão positivamente, imagine o impacto que um grupo, milhões de pessoas causam quando o escolhem para mesma noite? 


Natal com seu estilo



Impossível, às vésperas do Natal, não falarmos sobre o assunto. 

Me encanta a tradição: as cores, as decorações, a celebração, os símbolos, o figurino. 

O figurino! É o que eu mais amo! O Natal veste as cidades, as ruas, as casas, as lojas e nossa alma. Não tem quem não entre na celebração. Por mais que você seja um daqueles avessos ao momento, tenho certeza que ao menos um presentinho comprou ou recebeu. Não conseguimos ficar de fora. O Natal nos envolve... 

Na minha opinião este fenômeno não ocorre só pela magia, mas principalmente pelo trabalho que é feito com a imagem. A mensagem é clara e está por toda parte. O estilo, sempre presente: não faltam bolas, luzes, a roupa do Papai Noel, os anjos, os presépios, as árvores de Natal, o vermelho, o verde e o dourado. Consistência. 

O Natal é um ótimo exemplo de como podemos usar as mesmas cores, os mesmos elementos e ainda assim não sermos monótonos. Quantas variações encontramos sobre o mesmo tema! 

Assim deveríamos fazer conosco: escolhermos os elementos que melhor casam com nossa pele, nosso biotipo, nossas cores e trabalharmos essas variações. 

Muitas das minhas clientes adotam um tipo de roupa em um dia, e outro no outro, porque não querem usar sempre as mesmas opções. Mas, se estas opções lhe beneficiam, por que não mantê-las e apenas usá-las de formas diferentes?


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

NY


New York... Precisa falar mais alguma coisa? Para quem conhece, a cidade do mundo. Para quem não conhece, um sonho. 


Quando estive em Nova Iorque pela primeira vez, confesso que foi uma surpresa. Sempre tive um pouco de esnobismo em relação aos EUA. Se pudesse fazer uma viagem internacional, Europa era meu destino. Com o passar dos anos, esse meu esnobismo foi diminuindo e meu olhar para os EUA se tornou menos crítico. Mas ainda não era um amor... Até eu conhecer Nova Iorque. Aí o amor aconteceu! É bem verdade que, apesar de ser o orgulho dos americanos, não pode ser considerada uma cidade americana. NY é do mundo! Tem a sua própria língua, que a mistura de todas as línguas do mundo. Tem o seu cheiro, uma mistura de todas as comidas do mundo. Tem a sua identidade, que é composta por todas as etnias do mundo. E o seu próprio estilo... 

Os estilos! Nada melhor a se fazer em NY do que observar. As pessoas, as vitrines, as ruas, os estilos... Que delícia ver aquele vai e vem de pessoas únicas, com sua própria linguagem, vitrines de si mesmas. Inspirador... Não para cópia, mas para despertar dentro de nós esta vontade de nos expressarmos, de verdade, com nossa imagem. Procurarmos o nosso próprio estilo, livre de conceitos ou de vontade de usar esta ou aquela moda. Uma vontade imensa de sermos nós mesmos a nossa própria moda. 

“Funny how someones personality can actually become their style” Scott Schuman 

Para mim esta é a melhor definição de estilo para nossos tempos. O estilo não é a roupa que a gente veste, mas a maneira que carregamos esta roupa. 

Os nova iorquinos são assim. Eles carregam um estilo. Se mostram explicitamente através da roupa que vestem. As marcas, as tendências, a estação são apenas elementos a mais. O que importa mesmo é a vontade própria, a história que querem contar através de seus looks. 

Apesar de ser o templo do consumo, NY - a NY mesmo, não a Quinta Avenida - nos inspira a um consumo pessoal. Não mais um consumo para mostrar aos outros o que se tem, mas para mostrar aos outros o que nós somos. 


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dá para ser mãe e continuar se cuidando?


Quem é mãe sabe que a maternidade nos transforma. Quando vem o filho, nossa cabeça não quer pensar em mais nada. Parece que nosso mundo se resume àquela criatura. Uma loucura! Nos esquecemos de marido, de trabalho, de casa, de preocupações e, principalmente, de nós mesmas. 

Para mim, que antes de Consultora de Imagem sou uma mãe super coruja, não condeno as mulheres que se dedicam de corpo e alma a esse momento de vida. Mas, uma hora, as coisas devem voltar aos “conformes”. 

Bate um desespero, sei disso... Aquele corpo, que havia sido estudado ao longo dos anos, mudou. Poderá voltar a ser o que era, mas até lá teremos que nos adaptar a uma fase em que ele não é mais o mesmo. Pelo menos não para nós, meras mortais, que não somos Cláudia Leite, nem Gisele Bündchen. 

O que fazer? Tem solução? Sim, claro! 

O truque é investirmos em poucas peças, versáteis. Aquelas mágicas que nos servirão mais cheinhas ou quando perdermos os quilinhos a mais. Vestidos chemise, império, retos ou levemente evasês são ótimas compras. Cada tipo físico pede um modelo específico. Experimente um de cada e veja qual se encaixa em seu biotipo. A idéia que é você possa usá-los agora e mais tarde. Afinal, em tempos de crise, “nada se perde, tudo se tranforma”. 

A versatilidade será um curinga. Como “super aliados”, maquiagem e acessórios – usados com inteligência. Invista nos básicos e capriche nos “aliados”. Mas atenção: caprichar não significa sobrecarregar. O segredo é a dosagem e a linguagem correta. Acessório de clube para clube, de jantar para jantar. Maquiagem corretiva para dia, “popstar” para noite. Um vestido pode ir do clube a um jantarzinho informal. Acredite. É possível... 

Sei que pensar em tudo isso nesse momento de vida pode não ser tão simples. Se este for o seu caso, está salva: estou aqui para isso mesmo!

Lista básica de peças íntimas





Para aquelas que não têm nada... 
  1. Um sutiã bege; 
  2. Um sutiã preto; 
  3. Um sutiã tomara que caia: com armação; 
  4. Um sutiã que pode ser usado de forma tradicional e para camisetas com decote nadador; 
  5. Um supersexy conjunto de lingerie; 
  6. Três pares de calcinhas para cada sutiã; 
E o que você deve jogar fora hoje

Um sutiã tomara que caia do tipo “faixa” sem sustentação; 
Sutiãs com alças de silicone; 
Sutiãs com costas de silicone; 
Sutiãs com alça laceada; 
Sutiãs e calcinhas com rendas rasgadas; 
Sutiãs e calcinhas gastos;

    Mercado de Ações dos Looks



    Já conversamos em outro post sobre o trio do sucesso para uma produção: lingerie, bolsas e sapatos. 

    Com estes três itens corretos qualquer produção, mesmo a mais básica, ganha status. Em compensação, se estiverem inadequados, destroem até um vestido daqueles de sonho da Diane von Furstenberg. 

    Existem ainda os melhores amigos desse trio. Digamos que no Top Ten de estilo, em grau de importância, o trio do sucesso ocupa a posição ganhadora e seus amigos a de vice. Em resumo: tome cuidado e preste bastante atenção nas escolhas que dizem respeito a eles.

    Bom corte de cabelo: sei que para nós mulheres essa é uma questão. Fomos criadas com o mito de que nossa força está nos longos fios. Nossa força de sedução, de beleza, de conquista, de ser mulher. Acontece que manter um cabelo grande por manter, porque o conceito comum diz que os homens gostam de cabelos longos, é um absurdo. 

    Chega desse mito de Sansão que nossa força está nos cabelos compridos. Homem gosta de mulher bonita. Cabelo curto ou longo o importante é ter um corte bem feito, fios bem tratados, estilo coerente e mensagem correta. Entendido?

    Maquiagem: por quê algumas mulheres ainda resistem a essa forma de “embelezamento” instantâneo? Precisamos ainda falar sobre isso? A maquiagem do dia a dia, tem como função harmonizar a pele, corar, corrigir. É a famosa maquiagem sem parecer que foi maquiada. Gastamos menos de cinco minutos (acreditem!) do nosso dia e saímos lindas. Deve virar um hábito diário – como escovar os dentes.

    Pele hidratada, perfumada e bem cuidada: temos que passar a imagem de cheiro bom. Isso mesmo! Uma professora minha uma vez disse sobre uma pessoa: a gente VIA que ela cheirava mal... Tem coisa pior do que isso? Do que gente que de tão desleixada conseguimos “ver” o mau cheiro? Sim, pior que tem. As pessoas que de tão descuidadas cheiram mal tanto de longe quanto de perto. 

    Acessórios: gosto de fazer uma analogia entre os acessórios x roupas com as pizzas. A maioria das pizzas tem a mesma base: massa, molho de tomate e queijo. Quando colocamos orégano, temos muzzarela. Se adicionarmos rodelas de tomate, vira marguerita. E assim por diante... Deu para entender? Os acessórios têm o poder mágico de transformar uma produção. Portanto, se precisarem otimizar seus recursos, comprem peças básicas e as transformem com essa mágica. 

    Economia virou uma palavra de ordem em nosso tempo. Mas mesmo economizando, podemos manter nossa dignidade em dia. No mercado de ações dos looks a alta é investir no “trio de sucessos e seus amigos” e segurar com inteligência o bolso na “base”. Podem confiar!

    Pizzas e acessórios



    As pizzas e os acessórios têm tudo a ver. 

    Falando assim, parece a comparação mais absurda do mundo. Mas faz muito sentido. Como a vida imita a arte e toda boa comida é uma forma de manifestação de arte, podemos concluir que comida, pizza, arte, acessórios têm tudo a ver. Entenderam? Acho que nem eu. Melhor passarmos aos casos concretos: 

    Caso 1 

    Imagine que pedíssemos uma pizza de muzzarela. Massa de pizza, molho de tomate e queijo. Certo? Incompleto. Se pedíssemos uma pizza desse sabor e quando abríssemos a caixa não víssemos as “pintinhas” do orégano acharíamos algo estranho, a falta de alguma coisa... Seria uma pizza? Sim. Mas sem graça, sem sex appeal. 

    Caso 2 

    Estamos em uma pizzaria e pedimos uma pizza de margherita. Quando chega à nossa mesa está sem rodelas de tomate e com orégano no lugar do manjericão. Ou seja, não é uma margherita, mas uma muzzarela. Chamamos o garçom e reclamamos. Ele argumenta que a pizza de margherita tem como base o queijo, tomate e um “verdinho”. O tomate está presente no molho e o tempero, no orégano. Faz sentido? Claro que não! Sabemos que as rodelas de tomate e o manjericão são o toque que dão o sabor, que definem. Não basta ter tomate em alguma forma ou um “verdinho” qualquer. 

    Caso 3 

    Resolvemos fazer uma pizza caseira. Massa, molho de tomate e queijo. Se colocarmos rodelas de calabreza = pizza de calabreza. 

    Com presunto, ovo, tomate, cebola = pizza portuguesa. 
    Com atum = pizza de atum 
    Com banana e canela = pizza doce. 

    Caso 4 

    Ainda estamos preparando nossa pizza caseira. Só que nesta, ao invés de colocarmos os ingredientes assim, separadinhos, resolvemos misturá-los em uma só. O que teremos? Pizza de sobras! Se experimentarmos, poderemos até gostar, mas só de olhar não conseguiremos saber que gosto terá. E mais, se tiver alguma outra ao lado, bem “montadinha”, deixaremos a de sobras de lado. 

    Agora ficou claro! 

    No caso 1 mostramos o quanto um ponto focal, um elemento que chame a atenção, dá vida ao nosso look. É o tempero... Calça jeans + camisa branca = insosso. Calça jeans + camisa branca + colar de pedras coloridos = “salgadinho”. 

    No caso 2 fica claro que em uma produção: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Molho de tomate não é igual a rodelas de tomate. E orégano é sim um tempero, mas diferente de manjericão. Um sapato preto, vale para todas as ocasiões? Já sabem a resposta, certo? 

    No caso 3 evidenciamos que podemos colocar a mesma base em pessoas de estilo diferentes, mas cada estilo tem uma linguagem. Os acessórios são esta linguagem, definem se aquele look pertence ao estilo “a” ou “b”. Se você que transmitir uma mensagem refinada, colocar um colar de sementes não vai funcionar. Na pizza de calabreza, não se coloca presunto. 

    E, finalmente, no caso 4 temos a famosa mistura de acessórios: tudo ao mesmo tempo agora! Misturamos tudo, nos sobrecarregamos de informação e não dizemos nada. Ficamos vestidas com um monte de... sobras . O aspecto final é feio, bagunçado, cheio demais. E se tiver uma mais bem “montadinha” ao nosso lado, poderemos ficar - literalmente - sobrando.