domingo, 24 de outubro de 2010

O que são Upanishads?



"Os Upanishads são parte das escrituras Shruti hindus, que discutem principalmente meditação e filosofia, e são consideradas pela maioria das escolas do hinduísmo como instruções religiosas. Contêm também transcrições de vários debates espirituais, e 12 de seus 123 livros são considerados básicos por todos os hinduístas. 

Às vezes os sábios são mulheres e outras vezes as instruções (ou antes inspirações) são dadas por reis. 

A maioria concorda que muitos dos Upanishads mais antigos foram escrito antes do tempo de Buda. 

Os Upanixades não dão nenhuma pista sobre quando nem quem compôs estes textos. Esta anonimidade enfatiza a natureza eterna das verdades neles contidas.” Wikipédia. 

Agora que já sabemos do que se trata, compartilho um Upanishad que desde que entrou em minha vida não desgrudou mais de minha cabeça: 


“De acordo com seu desejo, assim será sua vontade. 

De acordo com sua vontade, assim será sua atitude. 

De acordo com sua atitude, assim será seu destino.” 


Vocês conseguem perceber como isso tem tudo a ver com a questão de estilo? 

Declararmos nosso estilo nada mais é do que seguir o que este ensinamento milenar nos propõe. 

Tudo parte do nosso desejo mais íntimo. Ele norteia não só o que transmitimos ao mundo, a nossa mensagem, mas também, e principalmente, aonde chegaremos. 

Para aqueles que não se preocupam com uma constância ou acham que o tema estilo é muito superficial, supérfluo, indigno de nossa atenção, sugiro que pensem melhor sobre o assunto. 

Conhecermos nossos desejos, seguirmos nossas vontades e termos atitudes coerentes a estes desejos e vontades são ações que definirão nosso destino. 

E nosso destino? Não merece toda nossa atenção? 

Luciana Solino

Tá quente ou tá frio?



Quem já foi minha cliente ou é minha amiga pessoal sabe que o que mais gosto de fazer é garimpar. 

Em questão de compras nada me dá mais prazer do que achar uma peça linda por um preço que nos deixa felizes. 

Com roupas não tenho preconceito. Como Consultora, estudei e ensino aos meus clientes que se a cor for adequada e o corte nos valorizar, não tem erro. Não precisamos do preço alto para nos sentir seguras. Dominamos a técnica. Claro que existe a questão da qualidade. Se quisermos uma peça para vida inteira, até que dá para encarar algumas etiquetas que vemos por aí. Mas, na maioria dos casos, uma peça para vida inteira é pura utopia. Sim, porque por mais que a peça de fato dure uma vida inteira, fique livre dos acidentes domésticos, e seja absolutamente atemporal, nosso corpo sofre mudanças. Se for para optar, mais vale uma camisa com caimento correto da Luigi Bertolli, do que uma abrindo os botões de tão apertada da Chanel. 

Mas existem alguns ítens em que não economizo: 

· Sapatos; 

· Bolsas; 

· Lingerie; 

Não me refiro a marcas, mas à qualidade. 

O lingerie tem que cumprir seu papel: não marcar, modelar, sustentar. Se começamos por aí errado, o resto desmorona. 

Sapatos têm que ser de couro. Ponto. Algumas poucas exceções podem ser abertas: os tênis casuais (brim), um ou outro sapato de lona e uma melissa rasteira para os finais de semana - que sou fã. 

Bolsas, ah as bolsas! Se as mulheres entendessem que este é um item que muda tudo, cuidariam mais deste investimento. Uma bolsa básica, que combine com tudo, simplesmente não existe! E, uma bolsa inadequada, “avacalha” (literalmente “avacalha”) toda a produção. 

Estes são o termômetro. Eles medem o quanto você está quente ou fria.Não podemos abrir mão. 

Existem ainda outros que, se observados, aprimoram instantaneamente nossa imagem. Mas desses tratamos em nosso próximo post.

Luciana Solino


Quem disse que homem não liga pra moda?



Todas nós já ouvimos esta expressão: “homem que é homem” não liga prá moda! 

Será? Sei não... 

Esse conceito, ou melhor, esse fingimento não “cola” mais. Digo fingimento porque os homens, até mesmo os “homens que são homens”, ligam. E não é assim de agora, porque a humanidade está mais louca, porque existem os metro, uber, trans, sei lá o quê sexuais. Sempre foi assim. MESMO. Aliás, nos séculos passados, era mais assim do que é hoje. 

Antes da moda ser um fator de relevância na vida feminina, era de mais relevância na masculina. As roupas na época dos reis e rainhas eram cheias de babados, fios de ouro, pedrarias. Em algumas côrtes e culturas, inclusive, as dos homens eram mais representativa que das mulheres. 

Isso só foi mudar com advento da Revolução Francesa e, depois, com a Revolução Industrial. A partir deste momento, o homem que ostentava demais era considerado traidor da ideologia vigente. As pessoas tinham que esconder as posses, e, dessa forma, os trajes mais sóbrios para os homens entraram na “moda”. As mulheres disfarçavam também um pouco, mas precisavam ainda ostentar, já que passaram a ser o termômetro do sucesso masculino. Uma mulher elegante, bem vestida = sucesso, prosperidade daquele homem que podia a sustentar. Uma mulher “desgranhada”, com número pequeno de trajes = aquele homem não consegue nem dar o que vestir a esta coitada. Vejam que bom argumento para darem aos maridos quando comprarem um roupinha nova. História é tudo! 

Mas, mesmo na sobriedade, o homem se preocupava e muito com a aparência: da sua esposa e sua também. O dandismo * é um exemplo disso. O homem dandi era elegante, usava roupas com corte impecável, sem rugas, limpas, nobres, era o próprio minimalista. Com o tempo a coisa foi “degringolando... o homem que cuida da aparência, ou que liga para moda, passou a ser considerado efeminado. Todos queriam estar bem vestidos, pediam opinião na loja, à esposa, à irmã, com a namorada, mas quando eram indagados sobre o assunto respondiam: “ah, este terno, coisa da fulana...”. Só que “a fulana” sabia o quanto ele havia se preocupado e perguntado se estava bom meeeesmo. 

Felizmente isso é passado. Ou quase passado. Hoje é mais natural o homem assumir que se cuida, que gosta de se vestir bem, que quer estar bonito. As revistas de moda masculina ganharam mais projeção, os manuais de estilo direcionado aos homens não param nas livrarias. Quem sabe não teremos daqui pra frente só homens cheirosos, estilosos, cavalheiros? Chega daqueles exemplares que buscam serem os ogros das cavernas (tem ogro em caverna?! Ah, vcs me entenderam!) para provarem que são machos. Bem vinda Era de Aquário!! 

*Movimento estético masculino do século XVIII 

Luciana Solino 

Por que ficar desleixada dentro de casa?





Esta pergunta vai ficar sem resposta. 

Sinceramente não entendo o porquê das pessoas não se cuidarem quando o assunto é sua própria intimidade. 

Algumas clientes me respondem que em casa querem ficar confortáveis, outras porque moram sozinha ou porque não vão gastar dinheiro com roupa para ficar em casa. Vocês se identificam? Espero que não... 

Não faz sentido na minha cabeça de mulher e, principalmente, de Consultora de Imagem, respostas como estas. Sim, porque podemos estar da maneira que quisermos, mas ainda assim bem cuidadas. 

Roupas velhas, camisetas de campanha política, de propaganda de lojas de 1980, peças furadas, calcinhas laceadas, sutiãs frouxos, roupas velhas do marido. Seu esposo merece isso? Seus filhos merecem? VOCÊ MERECE? 

Tenho certeza que não. Por que nos tratamos dessa forma? Por que só nos ajeitamos para outro, para aquelas amigas, para pessoas do trabalho e não para as pessoas que nos amam? 

Não estou sugerindo que fique em casa maquiada, de scarpin, saia, vestido. Nada disso. Nem tampouco falando para pagar caríssimo em roupas de ficar em casa. Uma camisola bonita, um robe, um pijama digno, com um tecido que faz carinho em nosso corpo e não aquele que nos deixa como uma matrona já é o suficiente. 

Quando chegar em casa, tome aquele banho, reserve um tempinho para um creme, qualquer um, de farmácia, de supermercado. O importante não é a marca nem o preço, mas o cuidado. Use um perfume, uma lavanda deliciosa. Vista sua camisola favorita, ajeite seu cabelo de uma forma confortável, invista nos seus lençóis... 

Mesmo para quem vive só, o cuidado consigo mesmo é uma massagem que fazemos à nossa auto estima. Se nós mesmas não nos cuidamos, como exigiremos que os outros cuidem? 

Luciana Solino 

E como descubro qual é o meu estilo?



Meu conselho é que comece esquecendo as nomenclaturas habituais.

As denominações servem como guia aos profissionais da área, mas não são o mais importante. Muitas vezes até atrapalham... Algumas delas, por terem sido tão divulgadas, foram ligadas a sinônimos - nem sempre verdadeiros: sexy = vulgar, clássico = sem graça, esporte = desleixada, e assim por diante. Ou seja, se não trabalha com o assunto, não precisará aprender ou dar um título a você mesma. 

Agora que nos desprendemos das classificações, vamos à prática: 

· Olhe para dentro! Pense na sua essência, em como quer ser vista, na mensagem que deseja transmitir; 

· Olhe para fora! Observe pessoas que admira e busque encontrar quais elementos visuais elas carregam; 

· Procure sua turma! Em editoriais de moda, filmes, novelas, revistas de fofoca tente identificar qual turma gostaria de fazer parte. Por exemplo, em uma novela, analise o figurino dos núcleos ou de algum personagem específico, e veja qual deles te inspira. Não me refiro à determinada peça de roupa, mas ao conceito. Ainda que não possa usar aquele look, se ele chama sua atenção, saiba que esse é o caminho. Certamente você poderá encontrar uma peça que se adeque ao seu tipo físico e possua aquela linguagem; 

· Faça suas escolhas! Recorte de livros e revistas imagens que chamem sua atenção e agradem seus sentidos. Uma colagem mesmo! Pegue uma cartolina bem grande, vá cortando aos poucos e colando. Podem ser imagens de acessórios, paisagens, perfumes, móveis etc. Tudo que olhar e achar bonito, interessante, intrigante, corte e vá colando. Não faz muito sentido se olharmos isoladamente, mas fica muito nítido quando reunido. 

· Analise seu habitat: sua casa, sua mesa de trabalho, seu quarto... Escolha um cantinho que seja seu, que você tenha feito ou organizado livremente, sem interferências externas. Pode ser um cantinho mesmo! Sua mesinha de cabeceira, por exemplo. Esses locais nos fornecem pistas valiosas a nosso respeito. 

· Pense no seu casamento! Não! Não estou louca! Nosso casamento, nossos planos de casamento ou nossos “não” planos de casamento também falam muito. Se já casou e teve a chance de escolher detalhes da festa ou de seu vestido, lembre-se de como foi. Se não teve a chance, pense em como seria. Se teve a chance, mas se arrependeu (não do marido, gente! Continuo me referindo à festa, ao vestido...), pense como seria se pudesse fazer de novo. Ele era cheio de rendas? Simples? De corte reto? Muitas flores? Tinha brilho? A roupa de casamento é muito importante para todas as mulheres. Mesmo para as que não têm sonho de se casar. Trata-se de um traje pontual, um dia onde a mulher é a estrela principal. Pense nisso. 

· Não faça tudo no mesmo dia. Trabalhe aos poucos. Tire todo tempo para essas descobertas. Estude o assunto como uma tese, uma monografia sobre você mesma. 

Depois de pesquisado, reveja o material, some as informações que descobriu e certamente encontrará o caminho que procura. 

Agora é só seguir este mapa. Não se distraia com tendências que não te agradam, com a roupa da sua melhor amiga, daquela celebridade, com a vitrine de uma loja, com o que sua mãe ou seu marido gostariam que você usasse. 

Encontrar nosso estilo nada mais é do que aceitarmos quem somos. Quando entendemos esta verdade, amamos a “brincadeira” de sermos nós mesmas. 

Luciana Solino

Por que ter um estilo é importante?



A primeira análise que buscamos dentro da Consultoria de Imagem é descobrir a mensagem que aquele cliente deseja enviar ao mundo. 

O mais surpreendente é que as pessoas não sabem responder esta pergunta. É preciso ser feito um trabalho de pesquisa, de análise, de forma indireta, para que possamos colher “pistas” do que ela realmente é, e onde deseja chegar. 

As afirmações que mais escuto são: “ah, eu não tenho um estilo definido, "cada dia gosto de estar de um jeito”, “depende do meu humor”,“sei lá! uso de tudo um pouco”. 

Tempos modernos que vivemos... Um tempo de diversidade, liberdade, autonomia, mas tudo “tão ao mesmo tempo agora”, que o que era para ser uma grande vantagem, acaba por criar uma grande confusão na cabeça de todos. 

Temos que saber para onde queremos ir, senão não chegaremos a nenhum lugar. A maneira como você se veste e como você age, diz ao mundo a pessoa que você é, sua essência, sua escolhas, como quer ser tratada e, principalmente, aonde quer chegar. 

A importância em se ter um estilo é a consistência que ele traz às nossas vidas. Sermos consistentes no século XXI é um enorme diferencial. Na corte de Luis XIV, por exemplo, o protocolo era único. Mas nem precisamos ir tão longe... As décadas que antecedem a nossa também eram assim. As mulheres e homens sabiam quais eram e como seguir as normas do bem vestir. A consistência fazia parte. Não era um diferencial, mas a regra. 

A consistência no estilo funciona como a consistência em nossas atitudes. Ninguém gosta de uma amiga que um dia acorda de um jeito, e no outro, completamente diferente. Ou de um paquera que te liga em um dia como um príncipe, e no outro, passa por você na rua e finge que não conhece. 

Nosso estilo e nossas atitudes podem sim sofrer variações, mas a essência deve permanecer. Pessoas sem estilo, voláteis demais, transmitem a mensagem de um comportamento inconstante, não confiável - em todos aspectos. Quem tem um estilo definido, quem é constante em suas escolhas demonstra mais segurança, mais força, mais assertividade, mais confiabilidade – qualidades essenciais no ranking de nossos tempos.

Luciana Solino

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Qual a diferença entre Consultor de Imagem e Personal Stylist?



Essa pergunta é a que mais respondo quando as pessoas sabem que estão falando com uma Consultora de Imagem.

Na realidade, não exatamente essa pergunta, mas a seguinte exclamação: “Ah, Consultora de Imagem! Já sei! Tipo aquela “coisa” de Personal Stylist, né?!”

Não sei se as pessoas a fazem por ser uma dúvida mesmo universal, ou simplesmente para puxar assunto. Algo como quando escutamos ao dizer que somos de Brasília: “É verdade que vocês vêem o Presidente todos os dias?”

Por muitas vezes pensei em desistir e simplesmente responder: É! Acontece que não é. Nenhuma das duas. Consultor de Imagem não é Personal Stylist e não vemos o Presidente todos os dias - infelizmente, porque se o visse certamente meu cartão já estaria em suas mãos...

No que diz respeito à Consultoria X Personal, encontrei a melhor explicação, talvez não a melhor, mas certamente a mais rápida de ser dada e a mais simples de ser assimilada, relembrando minha professora de primário. Vejam como esta vida é engraçada: logo eu, que sempre ODIEI matérias exatas! Bem que meu pai me dizia que um dia seria útil...

Vocês se lembram da aula de matemática em que aprendemos os símbolos contém e está contido? Pois é, assim funciona a relação entre Consultoria de Imagem e Personal Stylist. A Consultoria de Imagem contém o trabalho de Personal Stylist. Portanto, o Personal Stylist está contido dentro da Consultoria de Imagem. Simples, não?! Tenho certeza que nunca mais irão se esquecer!

Antes de entrarmos nos posts que trataremos o assunto de forma mais prática, este conceito deve estar devidamente compreendido. Dentro da Consultoria, a moda é uma ferramenta de ajuda essencial. Mas, o que realmente importa, são seus valores, suas atitudes, seus gostos, sua essência. E é por aí que temos que começar...

Você saberia me dizer qual é o SEU estilo?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Como posso usar corselete?



Hoje existe aquele mito que corselete é apenas uma peça de sedução ou algo muito desconfortável.

Só que nós estamos desperdiçando uma poderosíssima arma! Sério! E esta não é uma afirmação só minha. Vejam o que a Wikipédia diz:

“Espartilho é uma peça do vestuário feminino que dispõe de barbatanas metálicas e amarração nas costas. Essa peça tem como objetivo reduzir a cintura e manter o tronco ereto, controlando as formas naturais do corpo e conferindo a ele mais elegância”.

Algumas de vocês devem estar pensando: “tá, mas o que tem a ver o que está escrito na Wikipédia?”. Meninas, se até a Wikipédia já descobriu o poder desta pecinha, por que nós mulheres a estamos deixando de lado?

Esse espartilho que a ”Wiki” – considero a Wikipédia minha amiga íntima mais culta – se refere, com barbatanas metálicas, amarrações nas costas, era usado do século XVI. No século XX caiu definitivamente em desuso quando o sutiã foi inventado.

Só que o antigo espartilho (hoje corselete) tinha como função sustentar os seios + manter a postura e elegância da mulher. Acontece que o sutiã só cumpre parte desta função – e, dependendo do sutiã, nem isso…

Se uma ajuda na postura, “um nivelamento” das curvinhas na região abdominal e uma definição melhor da cintura são ajudas muito bem vindas ao seu biotipo, por que não adotar seu uso como as nossas espertas “tatarataratarataravós”?

Não, não estou sugerindo que você compre espartilhos de museus – apesar do vintage ser super “in”. Estou sugerindo que busquemos as versões atuais dessas maravilhas e incorporemos em nosso guarda roupa.

Hoje temos corseletes em versões muito confortáveis, lisas, para o uso no dia a dia. Podem ser usados embaixo de camisas, blusinhas de malha, roupas mais ajustadas. A vantagem é que toda silhueta fica mais “slim”, mais magra, mais alongada. Procurem os que têm sustentação para os seios, com aros, e, de preferência, peça única (como um body). Os do tipo “regata”, sobem, enrolam, dependendo de nossa movimentação. Como queremos ficar elegantes, levantar a roupa para ajeitar underwear está fora de questão. Certo

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E como funciona esta tal Consultoria de Imagem?





Costumo dizer aos meus clientes que a Consultoria de Imagem é um  "jogo de pontos”.

A idéia não é uma transformação radical. Você não entra um e sai outro. Você entra “você” e sai “você” mesmo, mas em uma versão muito melhorada. Não é incrível? Sim, é incrível! É incrível percebermos que podemos ser nós mesmos e ainda assim muito melhores.

A mágica é muito simples: somamos um pontinho aqui, um pontinho ali e o resultado é um diamante bruto lapidado em um novo. Continua sendo um diamante, mas muito melhor. Todos reparam que alguma mudança aconteceu, mas ninguém sabe dizer exatamente o que foi. Uma sutileza com grandes resultados.

Por isso é tão importante que dentro deste processo os detalhes propostos pelo consultor sejam respeitados. Somamos um pontinho com corte certo do cabelo (não, não precisa ser curto!), um pontinho na maquiagem, um pontinho no estilo adequado, um nas cores que valorizam, um nas roupas que respeitam nosso tipo físico e assim por diante. Depois de tudo somado, voilá, feitiço realizado! – meu sonho era ser uma bruxa. Bruxa boa, claro! Consegui!!

A melhor definição que li sobre Consultoria de Imagem era sobre marketing. Isso mesmo! Li uma definição sobre marketing que serviu como uma luva em meu trabalho. Onde estiver escrito marketing é só trocar por Consultoria de Imagem (simples assim...):

Marketing é primeiramente o processo de examinar um produto em relação a um mercado e determinar como maximizar seu potencial – isto é, sua habilidade de preencher uma necessidade”. Arthur Bender

O Consultor de Imagem, portanto, engloba mais do que procurar uma roupa bonita. Nós, consultores, estudamos o cliente, adequamos a mensagem, maximizamos seu potencial e, ainda, o diferenciamos da concorrência. 

Se, por exemplo, você é uma advogada, não basta mais sair para trabalhar de tailleur. Isto é passado! E a maioria sai assim! Você não tem apenas que estar bem vestida. Você tem que transmitir segurança, requinte, sucesso profissional, acertividade, contemporaneidade, feminilidade e estilo. 

Ufa! E depois ainda dizem que prá ser Consultor de Imagem não precisa estudar...

Luciana Solino

Lingerie tem Dress Code?


Primeiro de tudo, e antes de mais nada, o que é um Dress Code?

Dress code nada mais é que um código de vestir. Sua função é impedir que passemos a vergonha de nos sentir um “peixe fora d’água” em determinado local/evento.

Mas as peças íntimas ficam escondidas... Por que têm que respeitar um Dress Code? Não, não é prá ficar bonitinho... Tudo tem uma lógica! Acompanhem meu raciocínio:

O Dress Code da lingerie é preventivo. Ele nos previne de viver situações embaraçosas causadas quando a roupa de baixo impacta negativamente na de cima.

Vamos à prática:

Academia e exercícios físicos:

As peças de baixo são justas e as de cima de tecido mais fino. A lingerie deve desaparecer! Calcinhas pequenas, de corte à laser (não marcam) ou fio dental são as indicadas. Não me refiro aquele fio dental para noites mais calientes, mas aos feitos para este fim. São larguinhos nas laterais e básicos, sem rendinhas, sem fru-frus, sem borboletas de strass! 

Para a parte de cima: tops. Nada de sutiãs quando for praticar atividade física. Eles não têm a sustentação adequada, não foram confeccionados para este fim. Para aquelas que insistem em usar um biquíni velho como parte de baixo ou de cima, esqueçam de vez esta prática.

Passeio com filhos e amigas:

O importante é que a peça de baixo não marque na de cima. Peças de tecidos mais grossos, como jeans, aceitam calcinhas com uma rendinha, desde que não apareçam. Cuidado com a altura: se o cós for baixo, assim deve ser a lingerie. 

Se a parte de baixo for de cor clara, bege sim senhor, sem escapatória!

Atenção também à calcinha de bumbum grande – normalmente marcam e criam aquela divisão horrorosa! Na parte de cima devemos respeitar o tecido: malha pede sutiã com mais sustentação, que levante mesmo. 

Peças mais grossas aceitam sutiã que não tenha forro no bojo. Os tipo faixa, sem sustentação, só se a roupa pedir, ou melhor, implorar por eles. Em 98% dos casos (que preciso, não?!) eles deixam nossos seios da pior maneira que podem se apresentar. 

- Eu sei, são confortáveis. Mas, o que adianta estarmos confortáveis se estamos de "peito caído"? 

Blusas claras e mais transparentes: bege, sim senhor! Para os vestidinhos, principalmente aqueles de tecidos mais molinhos, uma calcinha de bumbum grande, que não marque, pode ser uma boa. É muito vulgar quando o vestido fica entrando no bumbum. Neste caso, a calcinha maior cria uma barreira e deixa o vestido ter o caimento que deve.

Passeios românticos:

Agora vale tudo! Tudo de mais sexy, de menor, de mais fantasioso... Certo? 

Depende... Se esta for a primeira saída com um pretendente, melhor ir com calma. Imagina se acaba nos “finalmentes”... Se estivermos preparadas DEMAIS o pretendente pode tirar conclusões erradas a nosso respeito. 

A sociedade ainda é muito machista, portanto, nestes momentos, melhor estar arrumadinha, mas discretas. Arrumadinhas, com conjuntinho combinando, que valorize nosso tipo físico, que combine com a roupa de cima e nos deixe lindas! Nada de conjuntinhos velhos, furados, largados. Pelo mesmo motivo. Vai que chega nos “finalmentes”... Não queremos estar desleixadas! Agora, se o romance for com parceiro antigo, ARRASE!

Estes são apenas alguns exemplos. Para nosso dia a dia, basta lembrar que a roupa de baixo deve ficar embaixo. Se aparecer na de cima, merece uma troca...

Luciana Solino