“Uma pesquisa feita com 1200 britânicos afirma que as mulheres guardam o equivalente a R$ 4,2 bilhões em roupas que nunca saem do armário. Segundo o levantamento, feito por um canal de compras cada britânica possui, em média, 22 peças que nunca usaram (ou R$ 755 parados no guarda-roupa). No total, seriam 500 milhões de itens sem uso. Os homens não ficam muito atrás: acumulam, em média, 19 peças, o equivalente a R$ 657. A compulsão por comprar foi apontada como principal motivo para o acúmulo de itens.”
Considero esta uma realidade mundial.
Até hoje não tive uma única cliente, mesmo as mais econômicas, que não tivesse peças “empacadas”, não usadas, no guarda-roupa.
O que gera essa compulsão? Podemos apontar o nosso estilo de vida, a correria, as exigências impostas, a comparação, a globalização, o mercado de moda como fatores importantes para explicação. Mas, no fundo, acredito que o que nos move a esse consumo desenfreado é a vontade de acertar, de pertencer.
Mesmo vivendo um momento da moda onde o estilo, o “ser único” são pontos valorizados como nunca antes, as pessoas ainda teimam em buscar este “único” olhando para fora. Buscando o de fora. Se inspirando no de fora. Grande erro. O segredo é olhar para dentro. E, a partir daí, buscar o que a representará. Quando essa reflexão é feita, fica praticamente impossível comprar e depois não entender o que “aquilo” está fazendo no seu guarda-roupa ou na sua vida.
O mais irônico é que esse é um ensinamento que vale para moda e para nossa vida. Podemos fazer um paralelo com nossos empregos, com nossas escolhas, com nossos relacionamentos. Será que a maioria de nossas opções foram feitas olhando para fora ou para dentro?
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